sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Entre fins e intervalos.

Olhar o passado e tirar dessa olhadela tudo que há de bom para ser tirado, é uma árdua tarefa a ser realizada. Eis que o mundo gira, e em algumas dessas voltas, pensamentos se perdem, se embaralham, sentimentos se confundem. E cá estou no meio de um turbilhão de coisas acontecendo todas ao mesmo tempo.

Decepções, expectativas, felicidade, infelicidade, todas essas palavras se confundem dentro de um dicionário que eu lamento em chamar de meu. Ultimamente tudo está tão vazio, tão sem sentido. Minha única alternativa é seguir em frente, tentando me apoiar no que passa por mim para não cair.

Acho que uma das coisas mais difíceis de se fazer é seguir em frente sem olhar para trás. O ser humano sempre está se lamentando pelo que perdeu, ou até mesmo pelo que ganhou. Mas o que mais me intriga é o fato de que ao perder qualquer coisa, observa-se a intensa tentativa de se recuperar o que foi perdido. A questão é que muitas vezes quando se recupera o que tanto se espera, as coisas podem ficar meio insosas, meio sem sabor.

A única coisa que me satisfaz nos últimos tempos é escutar músicas que me fazem querer viver em outra época. Num tempo onde o simples toque poderia expressar o que há de mais sincero dentro de um ser humano. Um tempo em que tudo era muito quadrado, mas as pessoas sabiam disso e nem ao menos se importavam e quando o faziam, expressavam seus pensamentos através de melodias que promoviam o entendimento de todas as classes sem necessitar de complexidades.

Acredito que qualquer coisa é melhor do que esse presente ausente. Qualquer tempo deve ser mais bonito do que esse em que todas as manhãs começam chuvosas e com o entardecer do dia mostram um sol radiante que insiste em ofuscar nossos olhos.

Sinto uma vontade me isolar dentro de uma bolha, longe de tudo e de todos, longe de gritos, deceoções e possíveis expectativas. Parece que quanto mais eu penso em tudo em que eu vivi, mais meus sentimentos se confundem e me fazem sentir uma certa infelicidade por não ter vivido mais intensamente.

Quanto mais escrevo, mais encontro conflitos dentro de mim mesma. Talvez seja um daqueles textos em que não há fim.

Enquanto tento encontrar o fim desse texto, acabo achando que nada tem um fim propriamente dito. Existem sim, intervalos que fazem com que vida humana mude para melhor ou para pior. Até o próximo!

Aneyze Santos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Uma perdição talvez.

Eu sinto que falta alguma coisa. Essa alguma coisa é totalmente indefinida, e faz com que eu veja a vida com um tom azedo de cinza. Viver ultimamente tem sido uma rotina, eu acordo, trabalho, descanso, estudo e volto a durmir. Parece que toda a felicidade que existia dentro de mim se esvaiu para dar lugar a mesmisse de todos os dias. As poucas alegrias que me são concedidas duram muito pouco e eu já não tenho mais direito de aproveitar tudo de bom que a vida tem a oferecer. Fazendo uma breve análise do meu passado, eu chego a conclusão que eu vou regridindo com o passar dos dias, e eu nem ao menos consigo distinguir se sou eu ou os momentos que regridem. Tudo passa como um filme na minha cabeça, músicas, lembranças, farras, alegrias. Como era bom olhar para frente e se deparar com o desconhecido. Hoje, o desconhecido passou a ser um bicho de sete cabeças que me aterroriza, que faz com que eu sinta um medo diferente de todos os outros que eu já senti na vida. Um medo que faz com que eu sinta que o futuro se aproxima, me obrigando a seguir sempre em frente.

Parece que tudo e todos ao meu redor, são simples flagelos que eu guardo hoje, para perder amanhã. Pois não existe pior sentimento do que o remorso. Um sentimento que faz você perceber que você poderia ser muito mais do que já é. Muita mais do que já pensou em ser. Ultimamente minha alegria tem sido conviver com pessoas que me fazem bem, e ao mesmo tempo, minha tristeza tem sido vê-las indo embora com a mesma rapidez com que apareceram. Parece que o destino, hoje, decidiu me penalizar. Talvez ele esteja sendo rude, talvez ele esteja fazendo o que deve ser feito. Eu só sei que no final das contas, eu fico sempre esperando que o pior aconteça.

Às vezes, o pior resolve aparecer e fazer com que as coisas se tornem mais piores do que já eram. Sinceramente, eu não estou nos meus melhores dias. Tudo parece tão igual e ao mesmo tempo tão diferente. As palavras pulam dos meus pensamentos para os meus dedos, e eu nem se quer sei o que os meus pensamentos desejam expressar. A única coisa que eu sei, é que neste exato momento, eu encontro-me perdida dentro de mim mesma. Talvez um dia, quem sabe, eu consiga me achar novamente. Talvez tudo isso que eu não consigo entender, algum dia possa enfim fazer sentido.

Eu só queria poder ter a certeza do que eu quero de hoje em diante.

Uma certeza que ninguém pode me dar.

Só eu mesma posso encontrar essa certeza nas profundezas do meu mundo, um mundo que no momento encontra-se desabitado de sentimentos que expressem qualquer tipo de certeza.

Aneyze Santos

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O mais admirado de todos os sentimentos


Como falar de um sentimento tão citado em todos os lugares aonde eu vou? Talvez essa seja uma tarefa difícil de ser feita, mas eu sempre gostei de desafios.

Esse sentimento não é um sentimento qualquer, ele têm o poder de transformar e destruir, ele pode fazer pessoas felizes, e ao mesmo tempo, provocar tristezas inexatas. Mas além de todas as coisas ele é capaz de retirar das pessoas tudo que há de melhor nelas.

Frios da barriga, ansiedade, vontade de que o tempo passe repentinamente depressa, isso não se resume ao que esse sentimento representa. Talvez superação, cumplicidade, autenticidade, vontade de querer viver uma determinada vida para todo o sempre, eis as verdadeiras características desse sentimento tão sentido pela maioria dos seres humanos.

Quando você conhece uma pessoa e acaba se identificando ela, há milhares de coisas a serem feitas, mas é primordialmente necessário acima de tudo, conhece-la. E nada supera o fato de que sem conhecimento, em relação a esse sentimento, nada vai para frente.

Com o conhecimento se tem uma precisão inexata do que existe ou não existe naquela tal pessoa. Mas, depois da fase do conhecimento, ganha vez a fase dos combates. Ah os combates! Algumas pessoas preferem chamar de brigas, discussões, etc. Mas na maioria das vezes são esses acontecimentos que podem acabar fortalecendo ou destruindo essa relação. Se essas brigas forem construtivas, e se no final de tudo os dois aprenderem um com o erro do outro, tudo se transforma, e você começa a ver a pessoa como ela realmente é, e acaba aceitando os defeitos dela, e até gostando um pouco deles.

Depois dessa fase turbulenta, talvez venha a fase da consolidação da relação. Após de ter sobrevivido aos combates, a relação se torna muito mais sincera, muito mais sólida.

E é aí que surge a acomodação. Tudo passa a ser comum, e a rotina surge como uma pedra de chumbo que insiste em refazer tudo que já foi feito. Sequencialmente é provável que existam altos e baixos na relação, tudo pode estar às mil maravilhas, e um segundo após tudo pode parecer extremamente desagradável. À essas mudanças de temperamento, eu atribuo essa característica quase que exclusivamente às mulheres. Infelizmente nós mulheres temos os nervos muito a flor da pele, e isso faz com que as nossas verdades sejam ditas diretamente, sem máscaras nem disfarces.

E por final depois de você perceber todos esses detalhes, se ainda você sentir uma vontade imensa de viver o resto da sua vida ao lado daquela pessoa, com certeza o que você sente por ela é amor. E é esse amor que faz você querer superar barreiras, extrapolar limites e ‘ser maior do que tudo’ aquilo que você já foi.

E eu concluo esse texto chegando à conclusão de que eu sinto o amor. Não de um jeito alucinante que me faz querer correr contra o tempo, mas de um jeito calmo e tranqüilo que me conscientiza de que o tempo é o meu melhor amigo nessa caminhada. E eu caminho em direção ao sol, um sol que será capaz de iluminar minha estrada aonde quer que eu vá.

Aneyze Santos

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Aparência x Essência


"Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser...
Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso?"

"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..."

(Perto do Coração Selvagem - p.55)

Clarice Lispector



Eis um livro que ainda hei de ler.
E por falar em livro, esse pensamento faz referência a um outro livro, Orgulho e Preconceito de Jane Austen.
Esse livro por si só retrata de um jeito muito interessante a sociedade inglesa, na epóca em Londres acabava de se tornar a maior potência da Europa.
É interessante observar que atrelado à toda uma descrição de uma sociedade repleta de preconceitos sociais e morais, surge a figura de Mr. Darcy, um dos mais ilustres personagens dessa obra, que com sua aparencia orgulhosa e rancorosa me faz ver o quão bom o ser humano pode ser.
Mas nao quero me reter a detalhar o enredo da história, não há melhor prazer do que saborear as informações que são fornecidas em um bom livro. E a essa tarefa cabe ao leitor que decidir comprá-lo e por conseguinte lê-lo.

O que me fez refletir sobre esse assunto foram duas palavras que ao meu ver se destacam no pensamento de Clarice Lispector.

Aparência x Essência, o que seria mais importante ao meu ver?

Talvez a aparência tenha o seu lado positivo, mas o que seria da aparência se a essência não existisse?
Do meu ponto de ver, a essência é a forma mais ampla e mais conceituada de definir o caráter de um ser humano.
Talvez eu diga isso, porque do meu ponto de vista, o meu ser é constituído por mais essência do que aparência.
Talvez tudo não passe de uma desculpa para explicar o meu interesse por pessoas que possa compartilhar comigo a sua essência.

Seria anti-democrático não refletir sobre os benefícios que a aparência pode trazer para uma pessoa.
Ter aparência significa ter várias coisas, inclusive a atenção das outras pessoas.
Mas a partir do momento em que se recebe atenção, consequentemente se é exigido que você tenha essência para retribuir de certo modo positivo à atenção que foi recebida.

Eis um assunto no qual eu não consigo ser democrática.
A aparência para mim não passa de um artifício que as pessoas usam para despertar o interesse das outras pessoas. E por um outro lado as outras pessoas usam esse artifício para celebrar o ego da humanidade.
E ponto final.

A essência, como a própria palavra já diz, é ou pelo menos deveria ser essencial para o ser humano.

Aneyze Santos

terça-feira, 1 de julho de 2008

Reescrevendo uma história...

Reescrevendo uma história...

Recomeçar a escrever. Finalmente encontrei palavras que descrevessem um dos meus mais íntimos desejos no momento. Recomeçar, eis uma palavra significante para todos os tempos, gêneros e espécies. Fazendo uma analogia à todas as palavras que recebem esses termos que de uma maneira ou de outra regressam ao real significado da palavra; regressar, recarregar, restaurar, todas essas palavras expressão um dos mais íntimos dos sentimentos do ser humano, o remorso.

E para minha mais absoluta surpresa, essa palavra surge com uma reconhecida sílaba “re” como introdução ao que estar por vir.

Remorso. Se eu fosse parar para pensar no significado dessa palavra, talvez não conseguisse idealizar perfeitamente o que ela expressa. Mas se eu for buscar no mais íntimo da minha alma, talvez eu conseguisse descrever essa palavra como uma profunda vontade de fazer aquilo que não se foi feito.

Sempre eu me questionei a respeito de como os acontecimentos da minha vida poderiam ter ocorrido se eu tivesse feito ao menos alguma coisa diferente, e por entre tantas idas e vindas de questionamentos, surge uma palavra que poucas pessoas têm a coragem de reconhecer como um sentimento próprio. O arrependimento. Eis que mais uma vez a nossa querida e homenageada sílaba reaparece nos envolvendo em mais uma cortina de fumaça que nos faz querer ver aquilo que talvez nem exista.

Se arrepender talvez seja uma das mais belas atitudes humana, ou quem sabe a mais covarde. Mas levando em consideração que no momento em que um ser se arrepende, de um jeito ou de outro, do meu ponto de vista, o caráter desse sentimento se resume a uma única palavra que nós brasileiros costumamos chamar de saudade.

E qual seria a relação entre esses sentimentos tão distintos? A relação entre eles pode ser observada por mim de uma maneira bem singular. Quando o arrependimento bate, com ele vem uma saudade do tempo que já passou. E essa saudade faz com que o coração humano reconheça que àquele estimado momento só aconteceu uma única vez. Uma única e solitária vez. Vivenciar esses momentos repetidas vezes, seria como ver dois raios cair no mesmo lugar, e segundo crendices populares isso é realmente impossível de acontecer.

Eis que me encontro nesse presente blog, revivendo emoções e reescrevendo minha história.

Talvez seja coincidência, talvez seja mesmo o destino que me fez chegar a tais conclusões. Mas do meu ponto de vista, um raio pode até cair duas vezes num mesmo lugar, mas essas repetições nunca ocorreram com a mesma intensidade.

Aneyze Santos

segunda-feira, 31 de março de 2008

Meu universo colorido.


Sabe aqueles dias em que tudo parece extremamente agradável?

Pois é, o dia de hoje foi extremamente bom, porque eu fui eu mesma e vivi bons momentos por ser desse jeito.


Foram inúmera sas vezes em que eu me senti uma criatura perdida no universo em que eu vivia. E eu posso afirmar que é terrivelmente horrível você se sentir desse jeito.


Mas eu não quero falar desses sentimento enevoados que me afetaram. Isso já é passado.


Acho que o que faz a opnião de uma pessoa não é o que visto por seus olhos. Do meu ponto de vista, o que faz uma determinada coisa ser bonita ou feia, depende exclusivamente do seu estado de espírito. Quando se pre-determina isso, fica muito mais fácil entender porque quando as pessoas se apaixonam, o azul fica mais azul e tudo parece estar em perfeita harmonia.


Eu já me apaixonei e já vi as cores sendo mais cores e o mundo estando em perfeito estado harmônico. A questão é que a paixão acabou, e com o seu fim, meu espírito ficou enevoado, e as cores deixaram de existir.


Mas um dia, eu comecei a ver as cores novamente, e cheguei a achar que eu ia mais uma vez ver a beleza das cores e depois acabar sendo submetida novamente a acabar voltando para aquele submundo, repleto de ausência.


Eu achei, mas eu não quis acreditar. E isso fez o que os seres humanos chamam de diferença. E tudo simplesmente começou a realmente fazer sentido. Talvez algum dia tudo no meu universo volte a ser sem vida, mas eu sempre vou ter meus princípios. E eu sei que eles irão me levar para a direção certa.


E as cores? Ao chegar ao final desse texto, eu acabei chegando a uma conclusão sobre elas. No universo, existe uma variedade gigantesca de cores, cabe a você escolher, se que ver o mundo em preto e branco, ou se que aproveitar todas as possibilidades de misturá-las e ser feliz fazendo isso. Mas se você escolher a primeira opção, pode ter certeza, que você será o único responsável por todas as suas escolhas. E é só isso que eu tenho a dizer. Faça suas escolhas e seja responsável para poder encarar as coseqüências dessas atitudes. Por que segundo Newton, toda ação tem uma reação, e isso é o que acontece na Física e na vida real.



- hugs and kisses -


terça-feira, 25 de março de 2008


Se algum dia, algum amigo seu lhe der um conselho, nunca se esqueça de segui-lo, pois se você escutar e só escutar, você não vai ter aprendido nada com a vida.

Sexta-feira eu ouvi um conselho sobre como eu deveria agir, e quando eu desliguei o telefone eu fiquei me perguntando Será que eu devo realmente fazer isso? Será que isso vai melhorar a situação? Eu decidamente não sabia o que fazer, era como se minha visão tivesse enevoada, e lá no final de tudo, eu visse uma luz, que me dizia que de algum jeito, tudo na vida tem concerto.

O feriadão passou e ontem, eu decidi que eu deveria seguir os conselhos daquela pessoa que eu tanto gosto e admiro. E quando eu me dei conta, eu estava encarando meus problemas de um jeito que eu nunca tinha encarado antes. E isso me fez ver a importância de ter amigos. E quando eu me refiro a amigos, eu falo de pessoas que existem pra fazer você perceber o quão importante é a vida e tudo que acontece nela.

Sempre na minha vida, amigos iam e vinham, as coisas sempre estavam mudando, tanto a minha personalidade quanto o meu jeito de encarar o mundo. E simplesmente existiam pessoas que não aceitavam isso enquanto outras me apoiavam e diziam que eu tinha o direito de pensar do jeito que eu quisesse, afinal de contas o cerébro era meu!

E parando pra observar, são essas pessoas que sempre vão estar do seu lado, pro que der e vier, sem exigirem quase nada de vocês, apenas a sua felicidade. E isso é que é ser amigo. Todas as amizades tem turbulências, conflitos e atritos. Mas ao meu ponto de ver as coisas, o fato de uma amizade continuar existindo depois de tudo isso, isso sim é o que podemos chamar de amizade verdadeira.

E eu me orgulho de dizer que eu tenho uma amizade assim. Completamente verdadeira. E eu agradeço todos os dias por essa pessoa existir e sempre me ajudar quando eu não estou afim de encarar o mundo.


-hugs and kisses -

quinta-feira, 20 de março de 2008

Minha Solidão


"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite." (Clarice Lispector)


Ultimamente a minha vida tem se tornado uma meia solidão. Eu já não encontro a verdade nos olhos das pessoas que me cercam, e simplesmente isso dói de um jeito tremendamente terrível.


Eu só não consigo entender como Clarice Lispector conseguiu achar a força na sua própria solidão. É tão duro sentir que você não pertence a um determinado local. E mais duro ainda é perceber que nem tudo parece ser o que realmente é. Eu me encontro em uma situação muito complicada, dentro de mim, existe uma incoerência constante que não me permite ver as coisas como elas são.


Eu sempre fui assim. Eu sempre via chifre na cabeça de um cavalo e achava aquilo a coisa mais normal do mundo. A questão é que eu nunca aprendi direito como analisar uma situação, sem me envolver demais com todo o contexto que a cerca. E é aí que eu me confundo e acabo vendo tudo invertido.


Eu já não sei distinguir entre a verdade e a mentira, e isso me assusta porque eu não quero ter que mais uma vez olhar tudo que eu construí e simplesmente deixar tudo pra trás para não ter que enfrentar a coisa realmente de frente. Dessa vez eu quero fazer diferente. Eu quero enfrentar o mundo com toda a força que habita dentro do meu ser. E como eu quero.


Mas me falta uma coisa que eu nunca tive e talvez eu nunca tenha, coragem. Eu sei que eu vou sair ganhando ao máximo se eu enfrentar tudo de frente, sem olhar para trás, mas me falta coragem. E além da coragem, me falta bom senso. Bom senso esse que iria permitir que eu fosse além das barreiras visuais e visse toda a verdade crua, sem máscaras.


E é justamente aí que na minha opnião, habita o grande mal da humanidade. Nas máscaras que usamos todos os dias para sair de casa. E usamos essa máscara incansavelmente até um dia ela se quebra, e por um único instante vemos todas as nossas angústias através do espelho que reflete as coisas como elas são aparentemente. No espelho, as angústias e problemas não são tão bonitos como debaixo daquela máscara tão querida por nós humanos. E isso nos assusta. Assusta tanto que na primeira oportunidade, nós compramos uma nova máscara e repetimos esse ciclo vicioso que acaba nos levando ao mundo da ilusão onde nada é realmente o que é.


Quando percebemos que tudo aquilo era uma ilusão criada por nós mesmos, a coisa toma uma proporção assustadora, e percebemos que as máscaras não eram tão úteis assim. Elas são frágeis e sempre que quebram, nos mostram seres estranhos com sentimentos estranhos que tentamos sempre esconder. Mas é aí que mora a cilada. Sempre chega o dia em que cansamos de usar artifícios que nos escondem daquilo que realmente somos.


E esse dia pra mim chegou. Eu não quero mais ter que fingir que eu gosto das pessoas quando na verdade eu não suporto olhar para elas e ver estampadas em seus olhos a falsidade e a mentira. Mas eu não preciso ser estúpida ou grossa para mostrar a ela o quanto eu não gosto dela. Basta eu ficar quieta com meus pensamentos e conviver com aquele sentimento. Eu também não preciso tentar ser amiga dela, porque na verdade, uma amizade nunca vai brotar de um sentimento ruim, assim como uma árvore não vai nascer em meio ao deserto.


E a única coisa que eu posso fazer por mim mesma nesse momento, é seguir em frente, encarar o mundo com todas as minhas forçar e nunca desistir dos meus objetivos. E acima de todas as outras coisas, gostar de quem gosta de mim.


Aviso aos navegantes: Pripa, eu preciso muito de tu. Mais do que nunca, eu acho.


- hugs and kisses -

sábado, 15 de março de 2008

Porque afinal de contas, viver é preciso.

"Quando não houver passado, quando não houver futuro, então haverá paz. O futuro significa aspirações, realizações, metas, ambições, desejos. Você não pode estar aqui, agora, pois está sempre correndo atrás de alguma outra coisa em outro lugar. Todos temos que estar integralmente presentes no presente, pois então haverá paz. E a partir daí a vida se renova, pois a vida conhece apenas um tempo, que é o presente. O passado é a morte , o futuro é apenas uma projeção do passado morto. O que você pode pensar sobre o futuro? Você pensa em termos de seu passado, é o que você conhece e é isso que será projetado, obviamente em uma versão melhorada. Será mais bonito, mais bem decorado. Todas as dores sao deixadas para trás e apenas os prazeres foram escolhido, mas ainda assim é passado. O passado não é, o futuro não é, apenas o presente é. Estar no presente é estar vivo, no que há de melhor em si, e isso é renovação."

(Osho)

Esse trecho foi tirado do livro "O Livro da Transformação" de Osho, esse livro aborda temas bastante diferenciados, mas todos envolvem um tema central, a vida. As lições que são transmitidas através desse livro são repletas de palavras que nos fazem repensar nosso estilo de viver e de encarar a vida. Eu escolhi esse texto, porque hoje eu estava pensando justamente no meu passado, em todas as coisas que eu vivi e que construíram a pessoa que eu sou hoje. Saudade é uma palavra que transmite o que eu sinto nesse exato omento.


Sentir falta de uma época que já passou é absolutamente normal. O que talvez não seja tão normal assim é querer reviver tudo aquilo novamente. Querer reviver momentos e saber que você seria capaz de refazer todas as mesmas coisas já feitas é o mais interessante de toda essa mistura de sensações e pensamentos. E porque eu faria tudo exatamente igual? Porque eu daria tudo que eu senti, pra sofrer o que eu sofri, pra chorar pelo que eu chorei e principalmente para eu amar tudo que eu amei.


Foi no meu passado que eu vivi e amei incondicionalmente. Não que eu não viva e ame incondicionalmente hoje, no presente. Eu amo e vivo sim, só que a diferença é a situação do tempo. Antes tudo era mais fácil, porque responsabilidade não era uma coisa que eu tinha que assumir que eu tinha que ter. Tudo era mais simples, e por mais que na época parecesse ser de uma dificuldade única, no final tudo ficava no seu devido lugar. Hoje, os meus atos são exclusivamente responsáveis por tudo aquilo que eu me tornarei. E aí vem o futuro. Cheio de ambições, desejos e projeções, como diz o próprio Osho. E em meio a tudo isso eu acabo me esquecendo que eu tenho uma vida que precisa ser vivida. Uma vida que não é feita de passado, nem de futuro e sim de presente.


E o que resta para ser feito é viver o presente. Não é preciso ser jogado fora o passado e o futuro, porque é o passado que é responsável pelo que nós somos hoje, e é o futuro que será responsável pelo que nós nos tornaremos. Mas ficar pensando em ambos não é a melhor opção para se ter momentos felizes. A felicidade só se encontra no presente, e isso talvez seja por isso que ela seja tão difícil de ser encontrada.


Seja feliz, e encontre a sua felicidade do seu presente, pois tudo que se é vivido, deve ser feito com intensidade e não de qualquer jeito. É preciso que exista essa consciência para que a vida assuma seu verdadeiro sentido. Portanto, viva e aproveite ao máximo o dia de hoje, e faça deste dia o melhor dia da sua vida, para que cada dia seja lembrado por ter sido o melhor.


- hugs and kisses -

quinta-feira, 13 de março de 2008

De Volta à Ativa!


Faz alguns séculos que eu não passo por aqui.

Acho que as férias me fizeram um mal terrível.

Acabando virando um sedentária mais sedentária do que eu já era.

Foi realmenete um saco ter que ficar em casa sem ter muita coisa pra fazer.

A questão é que eu voltei. Não sei se foi pra ficar, mas eu nunca irei deixar de acreditar que um blog é a forma mais interessante de se expor idéias e etc.

Por outro lado, eu deixei o blog de lado porque comecei a perder o interesse em falar para o mundo tudo que eu sentia, uma vez que o mundo, não estava muito afim de ler minhas opniões.

Enfim, as aulas recomeçaram e junto com elas vinheram um trilhões de coisas novas para fazer. Isso por um certo lado foi ótimo, eu estava realmente precisando de novas atividades, por outro lado vem a questão de estudar, e eu acho que quando estudo, eu fico mais apta a falar com o mundo.

Daí me deu vontade de postar aqui, e assim eu irei fazer enquanto a vontade existir.


Em relação aos meu contatos(Pripa e Kari) queria dizer pra vocês que um dos motivos para eu gostar desse ambiente blogosferático é simplesmente porque vocês duas são pessoas muito especiais pra mim e toda vez que eu venho aqui, acabo querendo muito ver vocês duas, aí vou no blog de ambas e acabo matando um pouquinho da saudade que eu sinto.


E como dizia Chico Xavier "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.". Espero realmente fazer um novo fim em relação à esse blog!



- hugs and kisses -

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

See the stone set in your eyes
See the thorn twist in your side
I wait for you

Sleight of hand and twist of fate
On a bed of nails she makes me wait
And I wait without you

With or without you
With or without you

Through the storm we reach the shore
You gave it all but I want more
And I'm waiting for you
With or without you
With or without you
I can't live
With or without you

And you give yourself away
And you give yourself away
And you give
And you give
And you give yourself away

My hands are tied, my body bruised
She got me with
Nothing to win and
Nothing left to lose

And you give yourself away
And you give yourself away
And you giveAnd you give
And you give yourself away

With or without you
With or without you

I can't live
With or without you
With or without you
With or without you

I can't live
With or without you
With or without you

(U2)

Não existem mais palavras que possam falar por mim nesse momento. É sempre triste olhar as atitudes das pessoas e perceber que elas não são nem de perto aquilo que esperamos que elas sejam.

-hugs and kisses-

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

As Férias e Sua Respectiva Monotonia.


Faz um bom tempo que eu nao passo por aqui para desabafar minhas mágoas em relação ao mundo. Confesso que ultimamente, me faltam assuntos para poder escrever aqui. Talvez essa minha falta de criatividade esteja relacionada à minhas férias.


Ah, as férias! É realmente uma pena ter que admitir isso, mas eu já estou farta de tantas férias. Parece que quando as férias chegam, elas trazem consigo um toque meio de aventura misturado com um pingo de liberdade. Liberdade tal que chega a nos encantar e fazer com que nós acreditemos que elas serão imensamente cheias de bons momentos.


O problema é que com o passar do tempo, esse encanto tende a ir embora o mais rápido possível e aí chega a monotonia para ficar no lugar daquele nosso velho entusiasmo. E é justamente aí que todos os meus pensamentos se esvaiecem e eu acabo ficando sem idéias, totalmente sem criatividade.


É bastante complicado lidar com a monotonia das férias, e parece que ludibriá-la é mais difícil ainda. Acho que é por isso que as pessoas viagam. Viajando, esquecemos da monotonia das férias, porque em um lugar novo e desconhecido tudo se torna mais fácil de ser vivido. A questão é que quando não viajamos, ficamos em casa, enfurnados, sem nada para fazer e parece que a tal da monotonia adora quando ficamos em casa. Parece que ela se enche de prazer ao nos pegar olhando para o nada e achando tudo tão sem graça, na verdade ela deve amar isso de verdade.

Acho que essa deve ser a função principal dela, fazer com que tudo pareça tão sem graça e sem cor.


E o que devemos fazer para jogar essa monotonia fora? É só nos ocuparmos com alguma coisa realmente útil. Na verdade eu venho me empenhando em me ocupar com alguma coisa, e parece que esse empenho só ganha força durante a madrugada. Definitivamente, posso afirmar que eu me tornei uma notívaga ambulante por causa dessa maldita monotonia. Parece que ficar na internet fazendo absolutamente nada é um grande atrativo para mim, e quando me dou conta, já são 5h da manha.


Eu não faço a menor idéia de como eu irei me readaptar à minhas atividades novamente. Só sei que quando minhas aulas recomeçarem, eu terei que fazer algum tipo de coisa para conseguir durmir às 23h da noite como de costume. O maior problema será saber o que fazer, mas daqui para o carnaval, espero que aquela famosa luz no fim do túnel surga.


-hugs and kisses-

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Superando Traumas


Ás vezes eu me pergunto porque é tão fácil se decepcionar com as pessoas.
Aí acabo chegando a triste conclusão de que a vida se resume a isso.
Nós temos que superar as decepcões que surgem em nossas vidas, por que afinal, viver é preciso e quando se vive existem n dificuldades e com elas vêm as decepções que podem acabar lhe fazendo um mal terrível, mas no final do túnel acaba nos mostrando que sem elas nós não seríamos absolutamente nada.

Eu simplesmente odeio o hábito das pessoas fugirem daquilo que as assusta. Eu sou assim, medrosa. Mas com o tempo eu venho aprendendo com uma pessoa muito especial que cada vez mais me mostra o quanto importante é encarar nossos problemas e resolvê-los. O problema é que quando eu pretendo enfrentar um problema, o tiro sempre sai pela culatra e as pessoas que estão envolvidas no problema acabam desistindo de tentar solucioná-los.

Um dia um amigo me perguntou uma coisa da qual eu nunca irei me esquecer. Ele me perguntou se eu prefereria cortar uma árvore que está com alguns galhos apodrecidos por inteiro ou simplesmente podar esses galhos e esperar que novos galhos surgissem, deixando assim a árvore viva sem tirar o seu direito de viver. A minha resposta foi instânea, é bem melhor podar seus galhos do que tirar sua vida.

Ontem, eu percebi que muitas pessoas preferem tirar a vida da árvore do que dar um jeito com seus galhos. E o pior de tudo isso é que na maioria das vezes, não se pode fazer muita coisa para modificar esse triste fim.

Ultimamente eu tenho me afastado de alguns ideais de vida que eu tinha há algum tempo atrás. Mas de algum jeito, eu pretendo reavê-los esse ano, mesmo que em alguns momentos eu chegue a falhar, eu tentarei voltar a pensar do jeito que eu pensava.

Em relação ao texto anterior, quando eu o escrevi eu estava com muita raiva do mundo, foi tanta a minha raiva que eu acabei dizendo coisas que não fazem o menor sentido para as pessoas.
"As vezes é preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê." Eu estava precisando desabafar as minhas mágoas, mesmo sendo de um jeito infantil. Mas hoje lendo o texto, eu percebo o quão equivocada eu fui em dizer que o mundo não tem mais jeito de ser mudado.

- hugs and kisses -