segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Meu lugar ao sol.

"Cheguei com meu universo, e anuncio em seu pensamento, traga as luzes dos postes no olhos, rios e pontes no coração, Pernambuco embaixo dos pés e a minha mente na imensidão."


(Chico Science)


Essa frase descreve o que eu senti hoje ao olhar para a cidade em que eu vivo. É simplesmente fantástico você poder olhar em volta e ver que a cidade em que você mora é constituída de uma beleza única. Conheço muita pessoas que dariam a vida para sair daqui e ir morar em um lugar, maior, mais movimentado, mais diferente, mais tudo. Não ha problema nenhum em desejar estar em outro lugar, com características diferentes e tudo mais. A questão é que entre estar e morar existe um abismo gigantemente enorme. A partir do momento em que você mora, você passa a compartilhar todos os acontecimentos passados e futuros do lugar, além de absorver a cultura, o conhecimento e os hábitos dele.


Mas eu não estou escrevendo esse texto com o objetivo de enumerar as vantagens e desvantagens de viver em um determinado lugar. A minha verdadeira intensão é escrever sobre a cidade em que eu vivo. Desde pequena vivo neste lugar, e hoje eu parei pra perceber quantas coisas belas estão simplesmente disponíveis para serem observadas, seja com os olhos ou com o coração. Recife é uma cidade cheia de arte espalhada por todos os cantos, e quando eu me refiro à arte, eu falo não só da arte concreta, a natureza é uma das mais belas artes criadas por Deus, e muitas vezes nós simplesmente passamos por uma praia e vemos o pôr-do-sol e simplesmente passamos.


Na minha opnião, nós fazemos tudo automaticamente. Comemos, andamos, durmimos, vivemos. E tudo isso é armazenado na nossa memória principal. Nossas atividades, na maioria das vezes, se resumem a fazer tudo sem se preocupar em realmente com o realizar de corpo em alma.