terça-feira, 1 de julho de 2008

Reescrevendo uma história...

Reescrevendo uma história...

Recomeçar a escrever. Finalmente encontrei palavras que descrevessem um dos meus mais íntimos desejos no momento. Recomeçar, eis uma palavra significante para todos os tempos, gêneros e espécies. Fazendo uma analogia à todas as palavras que recebem esses termos que de uma maneira ou de outra regressam ao real significado da palavra; regressar, recarregar, restaurar, todas essas palavras expressão um dos mais íntimos dos sentimentos do ser humano, o remorso.

E para minha mais absoluta surpresa, essa palavra surge com uma reconhecida sílaba “re” como introdução ao que estar por vir.

Remorso. Se eu fosse parar para pensar no significado dessa palavra, talvez não conseguisse idealizar perfeitamente o que ela expressa. Mas se eu for buscar no mais íntimo da minha alma, talvez eu conseguisse descrever essa palavra como uma profunda vontade de fazer aquilo que não se foi feito.

Sempre eu me questionei a respeito de como os acontecimentos da minha vida poderiam ter ocorrido se eu tivesse feito ao menos alguma coisa diferente, e por entre tantas idas e vindas de questionamentos, surge uma palavra que poucas pessoas têm a coragem de reconhecer como um sentimento próprio. O arrependimento. Eis que mais uma vez a nossa querida e homenageada sílaba reaparece nos envolvendo em mais uma cortina de fumaça que nos faz querer ver aquilo que talvez nem exista.

Se arrepender talvez seja uma das mais belas atitudes humana, ou quem sabe a mais covarde. Mas levando em consideração que no momento em que um ser se arrepende, de um jeito ou de outro, do meu ponto de vista, o caráter desse sentimento se resume a uma única palavra que nós brasileiros costumamos chamar de saudade.

E qual seria a relação entre esses sentimentos tão distintos? A relação entre eles pode ser observada por mim de uma maneira bem singular. Quando o arrependimento bate, com ele vem uma saudade do tempo que já passou. E essa saudade faz com que o coração humano reconheça que àquele estimado momento só aconteceu uma única vez. Uma única e solitária vez. Vivenciar esses momentos repetidas vezes, seria como ver dois raios cair no mesmo lugar, e segundo crendices populares isso é realmente impossível de acontecer.

Eis que me encontro nesse presente blog, revivendo emoções e reescrevendo minha história.

Talvez seja coincidência, talvez seja mesmo o destino que me fez chegar a tais conclusões. Mas do meu ponto de vista, um raio pode até cair duas vezes num mesmo lugar, mas essas repetições nunca ocorreram com a mesma intensidade.

Aneyze Santos