quinta-feira, 17 de julho de 2008

O mais admirado de todos os sentimentos


Como falar de um sentimento tão citado em todos os lugares aonde eu vou? Talvez essa seja uma tarefa difícil de ser feita, mas eu sempre gostei de desafios.

Esse sentimento não é um sentimento qualquer, ele têm o poder de transformar e destruir, ele pode fazer pessoas felizes, e ao mesmo tempo, provocar tristezas inexatas. Mas além de todas as coisas ele é capaz de retirar das pessoas tudo que há de melhor nelas.

Frios da barriga, ansiedade, vontade de que o tempo passe repentinamente depressa, isso não se resume ao que esse sentimento representa. Talvez superação, cumplicidade, autenticidade, vontade de querer viver uma determinada vida para todo o sempre, eis as verdadeiras características desse sentimento tão sentido pela maioria dos seres humanos.

Quando você conhece uma pessoa e acaba se identificando ela, há milhares de coisas a serem feitas, mas é primordialmente necessário acima de tudo, conhece-la. E nada supera o fato de que sem conhecimento, em relação a esse sentimento, nada vai para frente.

Com o conhecimento se tem uma precisão inexata do que existe ou não existe naquela tal pessoa. Mas, depois da fase do conhecimento, ganha vez a fase dos combates. Ah os combates! Algumas pessoas preferem chamar de brigas, discussões, etc. Mas na maioria das vezes são esses acontecimentos que podem acabar fortalecendo ou destruindo essa relação. Se essas brigas forem construtivas, e se no final de tudo os dois aprenderem um com o erro do outro, tudo se transforma, e você começa a ver a pessoa como ela realmente é, e acaba aceitando os defeitos dela, e até gostando um pouco deles.

Depois dessa fase turbulenta, talvez venha a fase da consolidação da relação. Após de ter sobrevivido aos combates, a relação se torna muito mais sincera, muito mais sólida.

E é aí que surge a acomodação. Tudo passa a ser comum, e a rotina surge como uma pedra de chumbo que insiste em refazer tudo que já foi feito. Sequencialmente é provável que existam altos e baixos na relação, tudo pode estar às mil maravilhas, e um segundo após tudo pode parecer extremamente desagradável. À essas mudanças de temperamento, eu atribuo essa característica quase que exclusivamente às mulheres. Infelizmente nós mulheres temos os nervos muito a flor da pele, e isso faz com que as nossas verdades sejam ditas diretamente, sem máscaras nem disfarces.

E por final depois de você perceber todos esses detalhes, se ainda você sentir uma vontade imensa de viver o resto da sua vida ao lado daquela pessoa, com certeza o que você sente por ela é amor. E é esse amor que faz você querer superar barreiras, extrapolar limites e ‘ser maior do que tudo’ aquilo que você já foi.

E eu concluo esse texto chegando à conclusão de que eu sinto o amor. Não de um jeito alucinante que me faz querer correr contra o tempo, mas de um jeito calmo e tranqüilo que me conscientiza de que o tempo é o meu melhor amigo nessa caminhada. E eu caminho em direção ao sol, um sol que será capaz de iluminar minha estrada aonde quer que eu vá.

Aneyze Santos

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Aparência x Essência


"Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser...
Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso?"

"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..."

(Perto do Coração Selvagem - p.55)

Clarice Lispector



Eis um livro que ainda hei de ler.
E por falar em livro, esse pensamento faz referência a um outro livro, Orgulho e Preconceito de Jane Austen.
Esse livro por si só retrata de um jeito muito interessante a sociedade inglesa, na epóca em Londres acabava de se tornar a maior potência da Europa.
É interessante observar que atrelado à toda uma descrição de uma sociedade repleta de preconceitos sociais e morais, surge a figura de Mr. Darcy, um dos mais ilustres personagens dessa obra, que com sua aparencia orgulhosa e rancorosa me faz ver o quão bom o ser humano pode ser.
Mas nao quero me reter a detalhar o enredo da história, não há melhor prazer do que saborear as informações que são fornecidas em um bom livro. E a essa tarefa cabe ao leitor que decidir comprá-lo e por conseguinte lê-lo.

O que me fez refletir sobre esse assunto foram duas palavras que ao meu ver se destacam no pensamento de Clarice Lispector.

Aparência x Essência, o que seria mais importante ao meu ver?

Talvez a aparência tenha o seu lado positivo, mas o que seria da aparência se a essência não existisse?
Do meu ponto de ver, a essência é a forma mais ampla e mais conceituada de definir o caráter de um ser humano.
Talvez eu diga isso, porque do meu ponto de vista, o meu ser é constituído por mais essência do que aparência.
Talvez tudo não passe de uma desculpa para explicar o meu interesse por pessoas que possa compartilhar comigo a sua essência.

Seria anti-democrático não refletir sobre os benefícios que a aparência pode trazer para uma pessoa.
Ter aparência significa ter várias coisas, inclusive a atenção das outras pessoas.
Mas a partir do momento em que se recebe atenção, consequentemente se é exigido que você tenha essência para retribuir de certo modo positivo à atenção que foi recebida.

Eis um assunto no qual eu não consigo ser democrática.
A aparência para mim não passa de um artifício que as pessoas usam para despertar o interesse das outras pessoas. E por um outro lado as outras pessoas usam esse artifício para celebrar o ego da humanidade.
E ponto final.

A essência, como a própria palavra já diz, é ou pelo menos deveria ser essencial para o ser humano.

Aneyze Santos

terça-feira, 1 de julho de 2008

Reescrevendo uma história...

Reescrevendo uma história...

Recomeçar a escrever. Finalmente encontrei palavras que descrevessem um dos meus mais íntimos desejos no momento. Recomeçar, eis uma palavra significante para todos os tempos, gêneros e espécies. Fazendo uma analogia à todas as palavras que recebem esses termos que de uma maneira ou de outra regressam ao real significado da palavra; regressar, recarregar, restaurar, todas essas palavras expressão um dos mais íntimos dos sentimentos do ser humano, o remorso.

E para minha mais absoluta surpresa, essa palavra surge com uma reconhecida sílaba “re” como introdução ao que estar por vir.

Remorso. Se eu fosse parar para pensar no significado dessa palavra, talvez não conseguisse idealizar perfeitamente o que ela expressa. Mas se eu for buscar no mais íntimo da minha alma, talvez eu conseguisse descrever essa palavra como uma profunda vontade de fazer aquilo que não se foi feito.

Sempre eu me questionei a respeito de como os acontecimentos da minha vida poderiam ter ocorrido se eu tivesse feito ao menos alguma coisa diferente, e por entre tantas idas e vindas de questionamentos, surge uma palavra que poucas pessoas têm a coragem de reconhecer como um sentimento próprio. O arrependimento. Eis que mais uma vez a nossa querida e homenageada sílaba reaparece nos envolvendo em mais uma cortina de fumaça que nos faz querer ver aquilo que talvez nem exista.

Se arrepender talvez seja uma das mais belas atitudes humana, ou quem sabe a mais covarde. Mas levando em consideração que no momento em que um ser se arrepende, de um jeito ou de outro, do meu ponto de vista, o caráter desse sentimento se resume a uma única palavra que nós brasileiros costumamos chamar de saudade.

E qual seria a relação entre esses sentimentos tão distintos? A relação entre eles pode ser observada por mim de uma maneira bem singular. Quando o arrependimento bate, com ele vem uma saudade do tempo que já passou. E essa saudade faz com que o coração humano reconheça que àquele estimado momento só aconteceu uma única vez. Uma única e solitária vez. Vivenciar esses momentos repetidas vezes, seria como ver dois raios cair no mesmo lugar, e segundo crendices populares isso é realmente impossível de acontecer.

Eis que me encontro nesse presente blog, revivendo emoções e reescrevendo minha história.

Talvez seja coincidência, talvez seja mesmo o destino que me fez chegar a tais conclusões. Mas do meu ponto de vista, um raio pode até cair duas vezes num mesmo lugar, mas essas repetições nunca ocorreram com a mesma intensidade.

Aneyze Santos