terça-feira, 13 de novembro de 2007

Falando para ser Ouvida

Na minha opnião é totalmente decepcionante você falar e simplesmente não ser escutado. E quando eu falo nõ ser escutado, não me refiro ao fato de ocorrer um simples acidente e a pessoa simplesmente não escutar, eu estou na realidade, querendo dizer ser ignorado. Eu sempre fui acostumada a lidar com as duas situações, mas em relação à última, eu me sinto completamente nostalgiada e indignado com as pessoas que decidem tomar certas atitudes. E o pior é que se eu for parar para analisar, eu posso acabar chegando à conclusão de que simplesmente, de vez em quando, certas pessoas fazem isso propositalmente. E decididamente isso me frusta. Ontem eu fui durmir pensando em algum jeito para evitar de uma vez esses silêncios que me deixam voando no espaço sideral, e eu pensei, pensei e finalmente eu não cheguei a conclusão nenhuma.

Decididamente, acho que pior do que falar e não ser ouvida, é trezentas mil vezes pior ver isso acontecer e simplesmente não saber o que fazer para impedir isso. Eu sempre fui uma pessoa muito passiva, no meu canto, sem muitos conflitos comigo mesma. Eu diria que o meu maior problema é relacionar-se com o mundo. Sempre que eu conheço pessoas novas eu sempre crio a expectativa que aquela pessoa possa se tornar minha amiga, mesmo que depois eu venha descobrir que aquela pessoa não era nada do que eu imaginava, eu acabo criando um afeot especial por ela, e assim sendo, acabo criando laços com as mesmas. Mas, eu diria que criar laços não é nem de longe a parte mais difícil de toda essa história. A parte mais difícil é a convivência, é o aprender a conviver com os erros do outro, é saber cultivar as qualidades, e a partir de então, poder finalmente culitovar essa amizade que poderá se tornar algum dia, uma grande e especial amizade.

Falando assim, até chega a parecer um tanto que fácil fazer tudo isso. O x da questão é que nem sempre isso acontece e no meio do caminho, você acaba se perdendo nos erros do outro e acaba simplesmente deixando de lado a pessoa, porque nem sempre as pessoas estão dispostas a aprender com os erros das outras, já é tão difícil aprender com os nosso, imagina com os dos outros? Pois é, eu acho que eu me perdi no caminho de cultivar amizades. Talvez eu tenha me perdido de um jeito caótico, talvez eu esteja apenas achando que estou perdida, sem saber que a estrada se encontra a apenas alguns metros de distância de onde eu estou. Sei lá, eu preciso ser mais sociável, mais simpática com aqueles que eu mal conheço. Decididamente, eu preciso.

Mas isso é assunto para outro post, e eu ainda quero fechar esse meu ressentimento com o ignorar das pessoas com a qual eu tento me relacionar. Às vezes, eu me pego a pensar se a melhor coisa é abrir o jogo, chegar e conversar, tentar enfim resolver o problema, mas aí eu acabo ficando com um pé atrás, talvez a pessoa simplesmente seja assim, ou ela talvez não faça repetidamente a mesma coisa todas vezes acidentalmente.

Hoje, conversando com um amigo meu, ele me fez perceber que talvez eu esteja criando baratas onde elas não existem, mas sei lá, eu sou muito desconfiada das coisas e pra mim qualquer sinal, pode significar qualque coisas. E pra mim qualquer coisa, pode ser a melhor e ao mesmo tempo a pior coisa que um ser humado é capaz de fazer. E é aí que eu jogo tudo para o ar e acabo perdendo o controle do que é certo ou errado, e acabo vendo tudo cru, como realmente é, sem tintas, nem contornos agradáveis que façam com que eu enxergue uma realidade mais bonita. Espero que as coisas tomem algum rumo, que elas se esvaiam ou se colidam. Espero, sinceramente, que o mundo conspire a meu favor e que a minha realidade crua possa finalmente ser pintada, e que ela se torne um quadro muito agradável para os olhos.

- hugs and kisses -

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Uma Retrospectiva


Parando para uma breve análise momentânea da minha vida, hoje eu percebi o quanto eu tenho vivido uma vida que eu sempre quis viver. Houve momentos em que eu parava pra pensar se algum dia eu iria ser realmente feliz, ou ao menos, encontrar alguém que me fizesse feliz. Pois é, sempre achei muito bom voltar ao passado e com um simples olhar para trás, e relembrar as burradas, os momentos mais felizes, os momentos cheios de angústia e enfim, poder lembrá-los sem nenhuma mágoa ou arrependimento. Se alguém me perguntar se eu me arrependo de algumas coisas que eu fiz no passado, sem dúvida alguma, eu diria que sim, que eu me arrependo de muita coisa que eu fiz.

Mas em compensação eu acredito que com esses arrependimentos eu aprendi muitas coisas que me fizeram chegar até onde eu cheguei. Quando eu olho para o meu passado e lembro dos momentos que eu vivi, das coisas que eu desejei ter, dos sonhos que eu queria realizar, eu acabo chegando a concluão que todos aqueles sentimentos constituem uma parte de mim, uma parte que jamais pode ser esquecida por mim mesma. Eu sempre achei que eu tenho uma capacidade incondicional de amar as pessoas. E quando eu falo pessoas, eu me refiro à qualquer tipo de pessoa. Lembro do tempo em que eu almejava ter uma pessoa pra compartilhar meus problemas, pra dividir meus sonhos, pra amar incondicionalmente. O tempo passou, e finalmente eu encontrei essa pessoa que eu tanto procurei. O amor bateu na minha porta, e eu um tanto que relutante resolvi deixar ele entrar.

O problema é que eu não sabia que quando você ama uma pessoa incondicionalmente, você se arrisca, e é nesse risco que mora o medo. Mas eu tenho pra mim que esse medo, só vai existir se você deixar ele te amendrotar. É como um bicho-papão, quando você abre o armário e ele se mostra a você, ele toma a forma do medo que é refletido em seus olhos. O medo que se reflete no meus olhos, se extinguiu.

Eu já não tenho mais medo de sofrer. Porque eu descobri que problemas existem para serem resolvidos. E que as brigas, são como um atrito existente entre as personalidades de dois seres. Eu já me iludi demais com as pessoas, e eu aprendi com essas desilusões que não adianta se esquivar, ou tentar desviar do tropeços que a vida prepara. A única solução é enfrentar os obstáculos de frente e nunca deixar de tentar superá-los. Por mais que tudo possa parecer complicado e sem solução, no final do túnel sempre existe uma luz, que nos levará para um caminho melhor.

Pra finalizar, queria poder tentar fazer as coisas serem um poucos diferentes, ter um blog, me fez ver o quanto eu me distanciei daquela pessoa que eu sempre quis ser. Queria poder estar mais presente na vida de pessoas que eu sempre preservei do meu lado, mas que infelizmente não estão mais tão bem preservadas. É difícil viver uma vida na qual o tempo é curto para se fazer inúmeras coisas. E o tempo é curto para todo mundo, isso é uma afirmação concreta, mas às vezes eu queria poder dá um stop no tempo, e simplesmente rever pessoas que eu nao vejo a tanto tempo. E sabe o que é pior de tudo isso? A vontade inalcansável de matar uma saudade que só teima em crescer.

- hugs and kisses -

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Razão e emoção



Há dias em que a vida não nos comporta. Ou, talvez, nós não comportemos a vida. Há momentos em que a pressão é tão forte e tão intensa, que nos sufoca num cubículo mínimo, onde não entra ar, luz ou calor. Daqueles momentos densos, em que tudo o que queremos é dar um grito de basta! e romper com todos os laços que nos ligam ao mundo e volitar e virar espuma e ser nuvem e dissolver.

Normalmente, são momentos em que a materialidade supera a espiritualidade e faz com que nos sintamos mesquinhos e pequenos frente a problemas nunca desejados. Ou quando perdemos alguém a quem muito amamos, não necessariamente do outro sexo, não necessariamente amante, mas que faz e fez parte da nossa vida e foi importante no nosso caminho. Ou quando nos decepcionamos com alguém a quem consideramos amigo, a quem contamos nossas confidências e que acabou por trair a nossa confiança. Quando percebemos que as pessoas não conseguem se soltar da sua mesquinhez humana... e enganam.

Quando vemos perderem-se esperanças por causa da pequenez de certos seres humanos. Neste momento, se pudéssemos nos alienar do mundo, mesmo apenas durante o momento difícil, creio que o faríamos com prazer. Se pudéssemos esconder a razão por sobre o travesseiro e vivermos apenas os sentidos, sem prestarmos atenção se pensamos ou deduzimos ou nos consumimos...

Porque ter racionalidade em certos momentos é um prêmio que transforma-se em maldição. A racionalidade, apesar de todos os esforços para provar que endurece as pessoas, é a principal responsável pelas nossas emoções. Se não tivéssemos a capacidade de entender, de reelaborar as informações que nos chegam de fora, não precisaríamos sentir dor, raiva, desespero, decepção e todos os outros sentimentos negativos que por vezes sentimos e que nos fazem tão mal.


Maria Tereza


Acho que esse texto expressa completamente tudo o que eu sinto em relacao ao mundo e a minha vida. Queria poder escrever mais algumas coisas, mas infelizamente o teclado do computador em que estou esta bixado, e os acentos nao funcionam, mas tudo bem.


- hugs and kisses -